Voltando ao Brasil


Depois de 2 anos e meio no Canadá, voltei ao Brasil à trabalho. Antes de falar sobre as sensações e experiências, quero numerar alguns detalhes que podem influenciar nas minhas sensações:

1) Voltei ao Brasil sozinho, a família ficou em Montréal;
2) Não fiquei em apenas uma cidade, visitei Brasília (minha cidade) apenas 2 finais de semana;

Assim que cheguei paguei alguns micos, quando por exemplo me dirigia à alguém no aeroporto ou na rua, em inglês ou francês, demorou um pouco até me situar.

Visitei algumas cidades como Rio e São Paulo e me senti um estrangeiro literalmente, com receio de ser passado pra trás ou ser assaltado, creio que isso foi devido a ouvir histórias de imigrantes dessas cidades, conselhos e até mesmo ver pequenas coisas acontecendo. Me senti bem inseguro, mais até do que quando morava no Brasil.

Na minha cidade (Brasília), conhecida pela secura, nunca tive problemas com a seca, sempre até achei estranho gente reclamando que o ar estava seco, mas chegando lá, senti como nunca, meu corpo não esqueceu onde nasceu.

As pessoas (parentes e amigos) num primeiro momento estavam frias e receosas, só depois de algumas horas, lembrando momentos juntos, a relação soltou e ficou normal.

Fiquei atento à detalhes da cidade (Brasília) e pude ver o quanto mudou, lembrava de coisas e via as mudanças parecia outro lugar.

Outra coisa que estranhei muito, foi como os brasileiros dirigem, tanto meus amigos, parentes, taxis, etc... Mas me lembrei que eu dirigia da mesma maneira no Brasil... hehehehehehehheheh

Em relação às cidades não me senti tranquilo e com "saudade matada", mas em relação às pessoas foi muito bom rever os meus, me senti amado e querido, então pude ver do que realmente estava com saudade, não era da terra, não era da comida (apesar de ter comido de tudo, meus amigos e parentes prepararam pra mim), mas era das pessoas como eu desconfiava.

Mas mesmo matando a saudade, ficou o vazio dentro do peito, pois Suzel e as crianças não estavam comigo, vi também que minha casa é onde minha família está, não importa onde. Pude também ver que a saudade de 21 dias dos que ficaram em Montréal era maior que a saudade de 2 anos e meio dos que ficaram no Brasil, guardadas as devidas proporções.

Abraço

Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel. I Timóteo 5:8

Comentários

Anônimo disse…
Pois é amigo!
Agora vc sentiu tudo que eu sentia quando ia ao Brasil a trabalho... A diferença é que eu ficava no máximo 14 dias! Um pai de família que realmente ama os seus, não consegue ficar longe muito tempo, não importa onde for, no Canadá, no Brasil ou na Conchinchina.
O importante é estar ao lado que quem amamos!
Um forte abraço!

José Roberto
Puxa, posso imaginar a aflição.

Mas se voltar ao Brasil e passar por Recife, fazemos questão de recepcioná-lo viu.

Agora vá curtir a sua família.
Abraço.
Paulo Silveira disse…
Só para esclarecer a taxa de criminalidade em São Paulo é muito inferior a Brasilia.
Segundo o mapa da violência 2010, a taxa de homicídios em SP é de 17.4 / 100.000 e em brasília é de 33.5 / 100.000.
Wellington Gomes disse…
Olá Paulo, eu não quiz mencionar que RJ e SP são as mais violentas nem comparar criminalidade, me senti inseguro de uma maneira geral, mais em algumas capitais pelas histórias que ouvi tanto de imigrantes quando dos taxistas que peguei, o post fala sobre a volta ao Brasil e não de cidades específicas, desculpe se me fiz entender diferente.
abraço

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